quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Contra o projeto de cotas de 40%: Meia-entrada ilimitada para todos os estudantes!!! Nenhum direito a menos!!!

A juventude vive num verdadeiro fogo cruzado aos seus direitos. Com a constante alta em preços e tarifas que vem assombrando a classe trabalhadora no mundo todo, os jovens sentem na pele esses ataques através das recentes ameaças de aumentos nas passagens de ônibus, com o problema da insegurança nas escolas e com o reajuste das mensalidades nas universidades particulares.
Não bastasse tudo isso, será votado nesta semana, o projeto de Lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que impõe uma vergonhosa cota de 40% para venda de ingressos destinados à meia-entrada. Proposta que foi ridiculamente debatida entre os senadores no fim de semana.
A idéia é limitar a entrada em cinemas, teatros e eventos culturais de estudantes. Pelo projeto, os estudantes do ensino básico e superior só terão direito a desconto em 40% dos ingressos disponíveis nas bilheterias. Este percentual na realidade é ainda menor, pois essa quantia é também reservada para os idosos.
O grande problema disso tudo não tem haver simplesmente com o fato de não haver como fiscalizar o cumprimento desta taxa proposta, como diz a UNE, mas sim de que existe uma movimentação clara por parte do congresso de corruptos e mensaleiros de retirar um direito histórico dos estudantes para favorecer os empresários da indústria do entretenimento.
Além do mais, esse projeto tem um caráter profundamente excludente, pois os estudantes filhos de trabalhadores e estudantes trabalhadores precisam da meia-entrada para ter acesso a eventos culturais.

Qual o interesse da direção Majoritária da UNE?
A direção majoritária da União Nacional dos Estudantes (UNE) vem defendendo nos meios de comunicação uma posição em favor de maior regulamentação da emissão de carteiras, pois, de acordo com sua presidente, Lucia Stumpf “apenas o controle sobre a emissão e distribuição de carteiras limitaria a venda de meia-entrada a cerca de 30% a 40% da bilheteria, sem a necessidade de cotas. Isso porque, atualmente, com a facilidade de falsificação, a maioria dos que pagam meia-entrada não são de fato estudantes”.
Na verdade, o verdadeiro interesse da UNE com a regulamentação das carteiras de estudantes são os milhões que podem ser gerados através do monopólio da entidade sobre a emissão das carteiras.
Nenhum direito a menos!
Defendemos a autonomia para as entidades gerais (DCE’s) e de base (Centros Acadêmicos) confeccionarem suas carteirinhas, sem que haja centralização da UNE.
Queremos também, que sejam fiscalizados e controlados os empresários que desrespeitam os direitos dos estudantes, elevando os valores das entradas ou não as vendendo antecipadamente.
Combatemos frontalmente as entidades fantasmas que sobrevivem das máfias de carteirinhas e chamamos os estudantes a boicotarem essas “pseudo-entidades”.
Achamos também que é fundamental denunciar artistas como Wagner Moura e Gabriela Duarte que foram ao Congresso defender a vergonhosa cota.
A única alteração que realmente defendemos na lei é a ampliação do direito a meia-entrada a toda a juventude, não só aos estudantes.

Contra mais esse ataque aos direitos da juventude a diversão, a arte e ao direito de se expressar defendemos a meia-entrada ilimitada para estudantes em shows, cinemas e demais eventos culturais. É necessário rechaçar esse projeto do congresso de corruptos e corruptores que na hora de defenderem seus interesses absolvem sanguessugas e mensaleiros e são financiados pelo crime organizado e por banqueiros como Daniel Dantas.

Meia-entrada restrita quando desemprego entre jovens é três vezes maior do que entre adultos

Um estudo divulgado em maio deste ano pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) detalha uma realidade que os jovens já percebem, na prática: a falta de emprego. Segundo pesquisa do IPEA, o desemprego entre jovens de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior do que entre os trabalhadores considerados adultos, com mais de 24 anos. O índice de desemprego entre os jovens é de 19%, aponta a pesquisa, a maior dos anos pesquisados: 18% (2000), 11% (1995), 7% (1990) e 6% (1985).
De acordo com o estudo, o desemprego é maior entre os jovens porque a demissão desses trabalhadores tem um custo mais baixo para as empresas e porque, por terem menos experiência, podem ser considerados menos "essenciais".

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